Resguardando a Dignidade Mesmo após a Morte

Um dos momentos mais difíceis para as pessoas é lidar com a perda de um ente querido. No entanto, esse momento inevitável chega, e com ele vêm os rituais de despedida.

Seja de forma pragmática (assinando o atestado de óbito e encaminhando o corpo para o crematório), seja de maneira mais grandiosa (com um velório público, em uma cerimônia oficial, especialmente para artistas ou políticos), a realidade é que as pessoas falecem e os familiares precisam enfrentar essa separação.

Neste processo, diversos profissionais desempenham um papel importante. Um deles é o tanatopraxista.

Geralmente associada à conservação do cadáver, a tanatopraxia vai além da mera preservação do corpo após o falecimento.

É um trabalho delicado, que exige conhecimento em fisiologia, anatomia e artes visuais. Uma das áreas relacionadas à tanatopraxia, a maquiagem em cadáveres (necromaquiagem), não se trata de vaidade, mas sim de proporcionar dignidade e respeito aos que se foram.

Os serviços de um tanatopraxista podem ser fundamentais para que a família consiga se despedir de forma mais serena e tranquila.

Então, qual é a origem desse trabalho? Quais são os requisitos para se tornar um profissional nessa área? E quais são as diferentes áreas de atuação?

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Descubra tudo sobre a profissão no nosso artigo.

 

1.     Origem do Trabalho

 

A prática da tanatopraxia é tão antiga quanto as civilizações humanas, embora o termo seja mais recente. Originado das palavras gregas “Tanatos” (morte) e “Práxis” (práticas), poderia ser traduzido como “Práticas mortuárias”.

Nas antigas civilizações, já eram empregadas técnicas rudimentares de embalsamamento para preservar os corpos de líderes e personalidades importantes.

Um exemplo claro são as múmias egípcias, com os faraós sendo embalsamados como parte de rituais religiosos e para sua vida após a morte.

Ao longo dos séculos, essas práticas evoluíram, combinando conhecimentos científicos e habilidades técnicas para resultados mais eficazes e duradouros.

 

2.     Formação Necessária

Para se tornar um tanatopraxista, não é preciso ter formação em medicina. Alguns cursos técnicos são oferecidos por faculdades de medicina para pessoas com ensino médio completo.

Esses cursos incluem disciplinas como anatomia humana, microbiologia, técnicas de embalsamamento, cuidados estéticos e ética profissional.

Além disso, os estudantes aprendem habilidades práticas como sutura e reconstrução facial, essenciais para exercer a profissão com excelência e respeito.

 

3.     Áreas de Atuação

 

Os tanatopraxistas atuam principalmente em funerárias, mas também podem trabalhar em hospitais e instituições de saúde privadas. Em hospitais públicos, são contratados por meio de concursos, embora não com muita frequência.

Além disso, há laboratórios de pesquisa que necessitam conservar corpos para estudos, e museus de Ciências Naturais nos quais o tanatopraxista colabora com a equipe de curadoria.

 

4.     A importância da tanatopraxia

A tanatopraxia é crucial para os rituais de despedida, minimizando efeitos pós-morte como gases naturais, liquificação de órgãos e mudanças visuais nos tecidos, além de ocultar marcas da necropsia.

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